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Hoje é quarta-feira, 15 de maio de 2024

Docentes da UFOP iniciam greve na próxima segunda (15)

Governo Federal propõe reajuste de benefícios e nega recomposição salarial em 2024

Greve dos Docentes na UFOP é aprovada com 171 votos favoráveis
Greve dos Docentes na UFOP é aprovada com 171 votos favoráveis - Foto: Divulgação/ADUFOP

Em Assembleia Geral realizada nessa quinta-feira (11) no auditório do Departamento de Geologia (DEGEO), no campus Morro do Cruzeiro, em Ouro Preto, com transmissão para o Instituto de Ciências Exatas e Aplicadas (ICEA), em João Monlevade, 171 professores e professoras votaram favoravelmente à greve, com 31 manifestações contrárias e 5 abstenções. Ao final da plenária foi instalado o Comando Local de Greve que encaminhou nesta sexta-feira (12), à Reitoria da UFOP, o ofício de informação da decisão da categoria.

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Greve no ensino público federal

Na UFOP, a deflagração da greve pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos ocorreu no dia 11 de março, tendo como principais reivindicações a recomposição salarial dos servidores  técnico-administrativos e a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).

Em relação aos docentes, o Sindicato Nacional de Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES), aprovou a greve nacional de professores universitários e federais por tempo indeterminado. As negociações são para um reajuste de 22,71% dividido em parcelas iguais em 2024 e nos dois anos seguintes.

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Na noite dessa quarta-feira (10), o governo enviou o Termo de Compromisso contendo a proposta apresentada na 8ª rodada de negociação. No documento, o Governo manteve a intenção de limitar o reajuste aos benefícios assistenciais dos servidores do Poder Executivo federal, com vigência a partir de 1º de maio de 2024, na seguinte forma e valores: a) reajuste do Auxílio Alimentação, passando de R$ 658,00 para R$ 1.000,00; b) reajuste de 51% no montante destinado ao valor do per capita da Saúde Suplementar, considerando a faixa de idade e de renda do servidor; e c) reajuste no valor da Assistência Pré-escolar, de R$ 321,00 para R$ 484,90.

Os docentes não renunciam à reivindicação de reajuste salarial, resultando na deflagração da greve, por tempo indeterminado. Além do reajuste salarial, a categoria reivindica reestruturação da carreira, recomposição e ampliação do orçamento das instituições federais de ensino, revogação de medidas que atacam servidores/as e serviços públicos e o fim da contribuição previdenciária para aposentados.

No cenário nacional, docentes da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), campus Rio Grande já estão em greve desde o dia 8 de abril, enquanto os servidores do IFMG, campus Ouro Preto, iniciaram o movimento grevista em 9 de abril. Na Universidade Federal de Minas Gerais, em assembleia realizada também nessa quinta-feira, os docentes aprovaram a greve por 228 a 140 votos.

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Discussão da greve na Câmara dos Deputados

A Universidade de Brasília (UnB) é uma das 30 instituições federais de ensino que já aderiram à greve de docentes e servidores técnico-administrativos
A Universidade de Brasília (UnB) é uma das 30 instituições federais de ensino que já aderiram à greve de docentes e servidores técnico-administrativos – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados discute, na próxima terça-feira (16), as greves dos servidores técnico-administrativos de universidades federais e de institutos federais por reajuste salarial. A audiência foi proposta pela deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) e recebeu o apoio das deputadas Alice Portugal (PCdoB-BA), Erika Kokay (PT-DF), e dos deputados Reimont (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG).

De acordo com Sâmia, até esta semana mais de 30 universidades e institutos federais já tinham entrado em greve, e outras 50 instituições analisam aderir à paralisação.

“Há um motivo centralizador para a mobilização desses servidores: a necessidade urgente da reposição de perdas salariais”, afirmou a deputada à Agência Câmara de Notícias. Ela reconhece, no entanto, que a paralisação também tem outros motivos, entre eles: a precarização das condições de trabalho, o subfinanciamento dessas instituições e s falta de resposta do governo às demandas apresentadas.

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