- Ouro Preto
Mostra audiovisual traz cultura latino-americana para Região dos Inconfidentes
Evento realizado por estudantes de pós-graduação da UFOP levantou temas sobre diversidade, meio ambiente e sexualidade através da arte
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A mostra teve como objetivo promover a difusão e o intercâmbio artístico-cultural de produções audiovisuais na região. Em entrevista à Agência Primaz, a curadora de videodança e estudante de mestrado da UFOP, Mariah Monteiro, conta como surgiu a ideia de trazer à Ouro Preto uma mostra audiovisual composta por produções da cultura latino-americana. Segundo ela, a ideia nasceu da necessidade de troca e do desejo de compartilhar. A programação, que não contou com incentivos externos, arrecadou dinheiro apenas com a venda de cerveja no local: “[A Mostra] não teve convocatória, não teve verba. É importante falar isso, a gente quer muito poder promover mais e com mais apoio, mas nesse primeiro momento foi: ‘vamos rasgar, vamos fazer acontecer, vamos juntar’”, diz Mariah à Agência Primaz.
Com um escopo formado por artistas de diferentes nacionalidades, as performances em vídeo foram exibidas no anexo do Museu da Inconfidência, onde atualmente funciona o Cine Vila Rica. As obras tratavam de temas como diversidade, cultura pop, meio ambiente e a relação entre dança e corpo. Dos 30 trabalhos expostos, 10 foram de países latino-americanos, como Venezuela, Argentina, México, Porto Rico e Equador, e 20 trabalhos brasileiros, sendo quase metade deles de artistas de Minas Gerais.
A possibilidade desse intercâmbio cultural só foi possível graças a uma rede de amigos e apoio de artistas da área. Mariah relata que suas experiências no campo no decorrer dos anos, como a residência artística no México e os estudos na Argentina, ajudaram a construir o enredo diverso.
Também foram realizadas, presencialmente, experimentações artísticas de dança, música e sensoriais, como a apresentação musical de Guga Medeiras, pós-graduando em Artes Cênicas pela Federal de Ouro Preto. Em entrevista à Agência Primaz, Guga, artista potiguar que também foi um dos organizadores, conta como se deu o processo de criação da Mostra, que levou cerca de dois meses para se completar. Segundo ele, a RASGO surgiu da “necessidade de produzir, a necessidade de estar ativo como artista depois dessa pandemia […] pela necessidade de produzir a gente decidiu se reunir. Fizemos o velho grupo no WhatsApp e aí começamos a possibilitar, produzir e apresentar coisas novas”.
Durante o segundo dia de evento, uma feira colaborativa montada na Praça do Antônio Dias, em frente à FAOP, contou com uma diversa exposição de produtos. Além das produções dos próprios alunos, entre pinturas, cadernos e quadros, outros movimentos se reuniram no espaço, como o brechó promovido pelo Movimento Olga Benário e a venda de alimentos orgânicos da cooperativa Comida de Verdade. No mesmo dia também aconteceram rodas de conversas sobre temas relacionados à arte, história e suas conexões.




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Homenagem a Efigênia Carabina
Na sexta-feira (02), um cortejo dedicado a Efigênia Carabina foi realizado na Praça do Antônio Dias, em Ouro Preto. A comemoração à vida da ouropretana uniu a “Bateria Feminina Efigênia Carabina”, primeiro grupo de percussão de mulheres ouropretanas, o evento “Sextas Abertas”, do coletivo AMEOPOEMA, e as mulheres que compuseram a Mostra RASGO.
Efigênia dos Santos Gomes, Efigênia Carabina como é conhecida no município, foi uma expoente figura no cenário de lutas por minorias marginalizadas de Ouro Preto. Em 2021, foi aprovado o Projeto de Lei para criação do “Dia Municipal da Mulher Negra Efigênia Carabina”, em homenagem ao nascimento de Efigênia no dia 21 de abril.
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