- Minas Gerais
Receita Estadual fecha fábrica clandestina de sabão em pó
Operação ocorreu em São Gonçalo do Pará, região Centro-Oeste de Minas Gerais

Agentes da Delegacia Fiscal de Divinópolis, em conjunto com integrantes de equipe de fiscalização da Receita Estadual de Minas Gerais fecharam uma fábrica irregular de sabão em pó falsificado, na manhã desta sexta-feira (05), em São Gonçalo do Pará, na região Centro-Oeste de Minas. A operação, denominada “Sabão Encardido”, integra as ações de combate à clandestinidade e à sonegação fiscal, e foi executada em parceria com as polícias civil e militar do Estado, que, juntamente com a receita estadual, compõem o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Minas Gerais (Cira-MG).
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Apreensão de sabão em pó
A ação de combate à falsificação apreendeu 55 toneladas de sabão falsificado, sendo 33 ‘bags’ de uma tonelada, 24 mil caixas de 800g e 2.133 caixas de 1,6kg quilo, que reproduziam embalagens do produto líder de mercado.
De acordo com o delegado fiscal da Receita Estadual em Divinópolis, Montovany Ângelo de Faria, 19 pessoas estavam trabalhando de forma irregular na fábrica clandestina.
“Essas pessoas são moradoras de Nova Serrana, a 26km quilômetros de São Gonçalo do Pará, e eram levadas e buscadas por transporte fretado pelos donos da fábrica clandestina. Elas trabalhavam sem registro formal. Durante as investigações conseguimos fazer filmagens desse transporte”, afirmou Montovany.
Desde o início da operação, em agosto de 2024, já foram fechadas 14 fábricas clandestinas de sabão em pó em Minas Gerais.
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Mão de obra barata e exploração do trabalho infantil

As 19 pessoas – incluindo três crianças –, trabalhavam na fábrica sem qualquer registro formal, todos sendo levados diariamente em transporte fretado pelos donos da estrutura clandestina que, segundo Montovany Faria, envolve um esquema integrado por um fabricante do produto falsificado e uma gráfica que imprime as embalagens, além de alguém que, contratado para embalar o produto, aluga um galpão, aluga uma esteira e uma empilhadeira, e arregimenta trabalhadores.
“Identificamos que a fabricação acontecia no Centro-Oeste e, em menos de um ano, já fechamos 14 destas fabriquetas. Chamo assim pois são muito primárias. É um galpão com uma esteira e eles já recebem o sabão de uma indústria química ainda não identificada. Com isso, eles convidam alguém para alugar um galpão pequeno, aluga uma empilhadeira e, lá, só empacotam esse sabão“, explica o delegado.
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Rastreamento e identificação do sabão em pó falso
Montovany Faria revelou que já foram rastreados produtos falsos sendo vendidos na Região Metropolitana de Belo Horizonte, além de cidades nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás, sendo também identificada a comercialização do sabão falso no Ceasa, em Contagem.
“Estamos diante de uma quadrilha que pega um produto de quinta qualidade e vende como de primeira. Ela coopta pessoas carentes para trabalhar. Temos uma investigação muito aprofundada e posso dizer que iremos chegar nesta indústria por trás do esquema em breve“, destacou Montovany.
O delegado fiscal da Receita estadual ressaltou que não é simples a identificação do sabão falso, já que os supermercados podem também estar sendo enganados, embora já tenham sido detectadas situações em que embalagens originais estejam sendo colocadas nas gôndolas, misturadas com as falsificadas. “A pessoa vai ao supermercado, paga o preço da marca líder de mercado e recebe um produto pior. Até mesmo os supermercadistas estão sendo enganados. A líder de mercado tem um processo mecânico. Essa organização tem a caixa perfeita, mas não tem a cola. Eles usam uma espécie de cola quente, como essa que seu filho usa na escola. Essa dica inclusive está no site da fabricante“, finalizou Montovany.
Com informações da Agência Minas, O Tempo e Super Notícias
