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Hoje é terça-feira, 29 de abril de 2025

Em Ouro Preto, artistas lamentam morte de Jô Soares: “Insubstituível”

Diversos músicos que se apresentaram no Tudo É Jazz já foram ao talk show do apresentador

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Na última sexta-feira (05), a triste notícia da morte de Jô Soares, aos 84 anos, tomou conta do Brasil. Ao longo de mais de seis décadas de carreira, o carioca encantou os brasileiros, seja através do humor ou de seus programas de entrevistas, que abriram espaço para inúmeras personalidades no país, caso de algumas das atrações do Tudo É Jazz, festival musical que aconteceu em Ouro Preto no último final de semana.

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Em Ouro Preto, artistas lamentam morte de Jô Soares: “Insubstituível”
Ana Cañas, artista que se apresentou no Tudo É Jazz, ao lado de Jô Soares - Foto: Reprodução/Globo

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Em sua história, Jô Soares passeou por várias áreas da arte. No teatro, ele flutuou entre atuação e criação. Já na televisão, ficou eternizado para o Brasil com grandes sucessos, como “Viva o Gordo”, “Planeta dos Homens”, “Jô Soares Onze e Meia” e “Programa do Jô”. Tamanha versatilidade foi destacada à Agência Primaz por Gabriel Grossi, músico que se apresentou no Tudo É Jazz na noite de sábado e já foi ao talk show do veterano na Globo. “Um grande artista, um multi artista. Escritor, ator, até na música ele flertava. Eu tive a oportunidade de estar lá uma vez e foi muito especial. Ele teve um carinho enorme. Uma pessoa muito querida, muito generosa”, contou.

Wilson Sideral, atração na sexta-feira (05) atentou para a morte de Jô e o Tudo É Jazz acontecerem no mesmo dia, já que o apresentador era um conhecido fã do gênero. Além de sua famosa banda no programa global, que recebia os convidados e dava o tom do show, Jô Soares já apresentou um programa de rádio sobre jazz, o “Jô Soares Jam Sessions”, pela Rádio Eldorado, entre os anos 1980 e 1990. “E a gente perdeu no Brasil, um dos maiores atores, comunicadores, artistas, que é o Jô Soares, que sempre foi um entusiasta e um apaixonado pelo jazz, pela música. Isso nos pegou de surpresa. Acho que está tudo mundo, com esse sentimento artístico, à flor da pele (…) Foi um cara que, com sua banda de jazz no programa, sempre ajudou a popularizar o jazz no Brasil, na televisão“, comentou à Agência Primaz.

Em Ouro Preto, artistas lamentam morte de Jô Soares: “Insubstituível”
Wilson Sideral se exibiu em tributo a Frank Sinatra - Foto: Tudo É Jazz/Reprodução

Na tarde do sábado (06), Sandro Haick se exibiu em palco no Largo do Rosário com um rico repertório. O músico esteve inúmeras vezes no “Programa do Jô” e, por pouco, não fez parte da banda de jazz do entretenimento. “Eu tive bastante contato com ele. Acho que estive mais de 20 vezes no programa. Em todas as situações: como artista, tocando no grupo dele. E eu toquei lá antes do Tomate. Era pra eu ter entrado, mas aí o Tomate foi lá e fez a social melhor que eu (risos)”, revelou.

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“Uma pessoa única no Brasil”

A cantora Ana Cañas não poupou elogios a Jô Soares. Para a artista, o apresentador é um dos poucos que podem compor um seleto grupo de figuras insubstituíveis. “O Jô é maravilhoso! Uma pessoa única no Brasil, com uma trajetória incrível. Talvez ele seja uma pessoa insubstituível. A gente sempre fala que ninguém é insubstituível, mas eu acho que o Jô Soares tem uma contribuição única, desde o ‘Viva o Gordo’ e a questão do roteiro, de como ele acolhia as pessoas. Um gênio brasileiro”, afirmou à Agência Primaz.

Canãs, no entanto, tem más recordações de sua participação no Programa do Jô, que aconteceu em 2007. O desconforto não foi causado pelo apresentador, mas sim, pelo nervosismo da artista que ainda dava seus primeiros passos na música. Foi péssima minha entrevista! Todo mundo postou entrevista gloriosa, né? Eu não, porque minha entrevista foi péssima. Eu estava super nervosa, foi em 2007. Eu tinha assinado com uma gravadora, e não sabia nem quem eu era na época. A roupa é horrível, o cabelo também. Tudo desalinhado assim, sabe? Não gosto dessa entrevista”, finalizou.

Despedida

Não era só nos palcos ou à frente das câmeras que Jô Soares era uma referência. Sua conduta e seu caráter também sempre foram exaltados. Eterno na história da cultura brasileira, Jô deixa um legado dentro e fora da cena artística que jamais será esquecido.

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