Equipe de fiscalização orienta comércio de Mariana em primeira noite com toque de recolher

Se descumprirem o decreto 10.441, estabelecimentos podem ser multados e até perderem o alvará. Veja fotos da ação dos fiscais.

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Agentes de segurança orientam comerciantes sobre o novo decreto de toque de recolher - Foto: Lui Pereira/Agência Primaz
Agentes de segurança orientam comerciantes sobre o novo decreto de toque de recolher - Foto: Lui Pereira/Agência Primaz

Na noite de terça-feira (9), os membros da equipe de fiscalização de Mariana começaram a ronda para garantir o cumprimento do toque de recolher entre 20h e 5h, estabelecido pelo decreto 10.441, como medida de prevenção e combate ao coronavírus. Compostos por agentes de fiscalização e Guardas Municipais, os grupos fizeram diligências em alguns estabelecimentos, que mantinham consumo no local após as 20h, e orientaram os proprietários sobre as determinações do novo decreto.

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A reportagem da Agência Primaz acompanhou parte da ronda de uma das equipes de fiscalização. Na primeira diligência presenciada pela Primaz, um espetinho no bairro Colina foi orientado a vender somente por delivery, depois de ser flagrado vendendo comida e bebida para consumo no local por volta das 21h. Rodolfo Pereira, agente de fiscalização da Prefeitura de Mariana, explicou que, por ser o primeiro dia de vigência do decreto, a ação foi voltada para a orientação dos comerciantes. “O pessoal não conhecia as diretrizes do decreto. Então, é isso o que a gente está fazendo hoje. Levando a todos os comércios as diretrizes que eles têm que cumprir nesse período. A partir de amanhã, a gente vai estar notificando, se descumprir, vai estar multando no valor de R$690,00 e depois, se a pessoa insistir, a gente vai caçar o alvará.”

Também acompanhamos a orientação dada pela fiscalização em um trailer próximo à Rodovia do Contorno. No local, alguns consumidores demonstraram maior resistência em obedecer ao toque de recolher, mas acabaram acatando a ordem da equipe de fiscalização. O agente acredita que um alto consumo de álcool pode ter incentivado o princípio de atrito. “A bebida alcoólica deixa a pessoa com as emoções mais à flor da pele, mas a gente tentou levar da melhor maneira possível.” Perguntado se essa resistência era encarada como um prenúncio do que pode acontecer no próximo final de semana, Rodolfo disse que não acredita nessa possibilidade. “Não é a primeira vez que eu fecho o comércio. A população de Mariana tem ajudado, mas vai ter sempre uns 5% que vai [resistir]”.

A opinião é partilhada pelo GM Lazare, que participou da ronda ao lado de Rodolfo. O Guarda Municipal relembra que, desde o início da pandemia, ainda não foi necessário conduzir ninguém para a delegacia, por descumprimento às medidas de prevenção e combate ao covid. “Existe resistência, mas, desde o início da pandemia, não foi necessário levar ninguém para a delegacia por causa da pandemia. Mesmo que a pessoa ache que está no direito dela, no final acaba entendendo que é prejudicial o comportamento que ela está agindo.” 

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Além de Pereira e Lazare, a equipe acompanhada pela reportagem da Agência Primaz era composta pela GM Jaqueline. A terça-feira chuvosa foi uma das responsáveis, segundo os agentes de fiscalização, pelo baixo número de diligências realizadas no primeiro dia de vigência do decreto. Os profissionais preveem que o trabalho para conter aglomerações tenha que ser intensificado nos finais de semana, inclusive em cachoeiras e áreas públicas. O decreto 10.441 tem previsão de duração de 15 dias, podendo ser renovado por período semelhante, a depender dos números relacionados à Covid-19 na região. Vale ressaltar que esta reportagem só foi possível uma vez que o decreto prevê como essencial o trabalho dos veículos de imprensa.

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