Moradores de Itabirito clamam por solução para questões de saneamento básico

Um dos grandes desafios na cidade passa pelo problema da falta de água e ausência de tratamento adequado de esgoto

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Esgoto sem tratamento é despejado diretamente no rio Itabirito - Foto: Carina Toledo/Agência Primaz

O crescimento acelerado e desordenado das cidades brasileiras traz uma série de consequências que impactam diretamente na qualidade de vida dos moradores. A falta do serviço de saneamento básico é uma realidade vivenciada por um grande número de cidadãos brasileiros, que ficam expostos ao risco de contaminação por várias doenças. Além disso, muitas pessoas seguem em uma luta diária para ter acesso ao bem mais precioso e indispensável de nossas vidas: a água.

Engana-se quem pensa que essa realidade está muito distante. No munícipio de Itabirito (em algumas localidades mais distantes da sede) moradores enfrentam sérios problemas com relação a falta de água e a inexistência do serviço de saneamento básico. Algumas ações podem ser tomadas visando solucionar essa realidade como políticas públicas que sejam voltadas para o desenvolvimento sustentável, a preservação dos mananciais hídricos, desassoreamento dos rios, obras de drenagem pluvial, ampliação do sistema de esgoto para regiões mais distantes (como as áreas rurais), entre outras.

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Muito se tem discutido com relação as soluções para o enfrentamento da questão do saneamento básico na cidade de Itabirito, como por exemplo: a revitalização do Rio Itabirito por meio da manutenção de suas margens e a realização de seu desassoreamento contínuo; a reestruturação do sistema de esgoto de todo o município; a implantação de monitoramento do sistema de saneamento municipal, por meio de indicadores de desempenho; a ampliação da ETE (Estação de tratamento de Esgoto); a implantação do sistema de esgoto em áreas rurais; a retomada de obras de sistema de esgoto e ainda a implantação de novas formas para a realização da captação de água.

Eliane Santos Silva, vice-presidente da Associação Comunitária da comunidade do Marzagão, falou à Agência Primaz a respeito das principais dificuldades enfrentadas pelos moradores com relação ao tema. “Em algumas ruas, os moradores sofrem com o abastecimento de água que é inexistente. E em alguns casos, o pouco de água que tem é divido entre várias famílias”. Ela ressalta que essa situação já se estende por muito tempo, tendo sido realizadas várias reuniões sem que o problema seja solucionado”. Além disso, a situação do esgoto também é muito crítica, já que por não ser tratado de forma adequada acaba retornando para o rio, além de gerar muita poluição”, destaca.

Esgoto a céu aberto no bairro Quinta dos Inconfidentes (conhecido como Country) - Foto: Carina Toledo/Agência Primaz

Wagner Lopes, morador do bairro Quinta dos Inconfidentes (popularmente conhecido como Country), comenta sobre a difícil situação a que são submetidos os moradores do bairro vizinho “Dona Lila”. “No bairro Dona Lila existe uma área na qual os moradores sofrem com grandes problemas sociais, onde cerca de aproximadamente 250 famílias não tem o serviço de abastecimento de água e de esgoto. Sendo que, o esgoto corre a céu aberto, expondo as pessoas a graves riscos de contaminação por inúmeras doenças e os próprios moradores improvisaram uma solução para sanar o problema da falta de água”, informa.

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Monitoramento do Rio Itabirito

o rio Itabirito é um importante contribuinte da bacia do rio das Velhas - Foto: Carina Toledo/Agência Primaz

O rio Itabirito faz parte da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas. Possui uma grande importância não só para a população da cidade, como também para toda a região. Desde 2019 é realizado o monitoramento de forma constante do mesmo, com o intuito de se evitar qualquer problema futuro referente à qualidade das águas. Esse monitoramento é realizado por um grupo integrado por representantes do poder público, empresas e sociedade civil organizada, em que as amostras coletadas são enviadas para análise no SAAE. Essa medida, prevista pela legislação ambiental, tem por objetivo a preservação do rio. Caso sejam encontradas alterações, as informações são repassadas para a SEMAM (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), responsável pelas ações julgadas necessárias.

Nossa reportagem buscou informações junto ao SAAE, mas fomos informados que detalhes da atuação do órgão e de resultados do monitoramento do rio Itabirito somente serão disponibilizados ao final do período eleitoral.

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