Como estão nossos atletas? Tokyo 2020: já era pra ter acabado, mas ainda nem começou

Casas viraram academias, quintais são centros de treinamentos e, alguns atletas, foram enviados para uma missão na Europa com máscara e muito álcool em gel.

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Um ano olímpico sempre é um momento muito especial. Por, aproximadamente 15 dias, todo brasileiro vira um entendedor de todas as modalidades e começa a acompanhar os heróis que, muitas vezes, eram desconhecidos. Medalhistas mundiais ganham rostos, nomes e torcidas. A televisão da visibilidade para diferentes categorias de esportes e, por instantes valiosos, o país do futebol vibra pelos ginastas, nadadores, lutadores e todos aqueles que não possuem os salários milionários e nem os patrocinadores dos jogadores de futebol.

Nossos atletas olímpicos, que muitas vezes são injustiçados, treinam horas e horas por dias para chegarem na tão sonhada Olimpíada e superarem seus próprios limites. Eles sabem que a concorrência é grande e, por isso, é preciso ser um atleta de alto nível para ser o melhor e subir no pódio. Sim, nós temos esses melhores. Um deles é o Darlan, um dos grandes atletas do atletismo brasileiro e um dos maiores da história do arremesso de peso masculino mundial. Em uma das etapas, a de Eugene da Diamond League, ele cravou 22,61m o que seria suficiente para lhe dar o ouro em todas as edições de Olimpíadas e Mundiais até hoje.

Para a Olimpíada Tokyo 2020, que acontecerá entre os dias 23 de julho e 8 de agosto de 2021, o Brasil já tem 178 atletas confirmados para representarem o verde e amarelo, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) estima que teremos entre 250 e 300 representantes na Ásia. Entre os confirmados estão nossos reis e rainhas das pranchas do surfe e do skate, como Ítalo Ferreira, Gabriel Medina, Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima. Essas duas modalidades estão pela primeira vez em um programa olímpico, e o Brasil tem chances reais de medalhas. Sim, mais de uma!

Como durante a pandemia a maioria dos competidores estão sem poder ir para os ginásios e locais onde treinavam, muitos atletas transforam suas casas em academias e centros de treinamentos, mas alguns também foram enviados para uma missão especial. A Missão Europa é um novo normal de treinamento. Os atletas continuam indo para a academia, levantando pesos e alongando, mas em Portugal, com máscaras e álcool em gel. Até agora, a delegação brasileira em solo lusitano tem 143 integrantes, sendo 92 atletas de diferentes modalidades.

Como nem sempre se tem só medalha de ouro, a entidade realizou testes com os 40 membros que acabaram de chegar em Portugal e apenas 39 resultados deram negativos. Na nota oficial da confederação foi revelado que um integrante apresentou resultado positivo, mas que está assintomático e permanecerá isolado por 14 dias. “Após esse período, os exames serão refeitos. Estando tudo bem, ele será liberado para suas atividades, informou o Comitê

Enquanto isso, nós, aqui do Brasil, só podemos enviar energias e essas, sim, podem e devem ser positivas. Além disso, ficamos na contagem regressiva esperando chegar nosso momento de passar a tarde assistindo natação e maratonando ginásticas.

(*) Luiza Boareto é jornalista formada pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), comentarista profissional de programas de TV e apaixonada por esportes. Espero que “o teu desejo seja sempre o meu desejo”. Mas se não for, é culpa do meu sol em Leão