- Mariana
Fórum discute mudanças climáticas e sustentabilidade
Evento integrou a programação da Semana do Meio Ambiente em Mariana

Entre os dias 03 e 09 de junho, a Prefeitura de Mariana promove a Semana do Meio Ambiente com uma programação que destaca as discussões sobre mudanças climáticas e sustentabilidade, majoritariamente destinada aos estudantes de Escolas Municipais, com abertura de algumas atividades ao público em geral. O calendário conta com oficinas de xilogravura, coleta seletiva, sementeiras de espécies nativas, visita à Pequena Central Hidrelétrica – PCH Fumaça, feira sustentável, teatro “Rabisco Brincante” e trekking. O 1º Fórum de Meio Ambiente aconteceu no segundo dia da programação, com palestras sobre sustentabilidade e mudanças climáticas no contexto de cidades inteligentes.
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1º Fórum de Meio Ambiente
Nessa terça-feira (04), autoridades, técnicos, estudantes, ambientalistas e comunidade se reuniram no Cine Teatro Municipal com o objetivo de discutir mudanças climáticas e sustentabilidade, seus desafios e oportunidades. O Secretário de Meio Ambiente, Anderson Aguilar, aproveitou a ocasião para anunciar que até o final da semana a Prefeitura vai encaminhar à Câmara um projeto de lei para criar uma Política Municipal de Mudanças Climáticas que prevê a implantação de um Comitê de Mudanças Climáticas entre outros encaminhamentos. “Nós temos algumas ações já em andamento como a adesão do programa para redução da conta de energia em 16%, onde a gente transfere 16% para o sistema fotovoltaico, que é uma energia mais sustentável. Estamos avaliando e estudando, com recursos já disponíveis, a implantação de placas solares nos prédios públicos da prefeitura, então a gente vai ter uma locação de placas no futuro para geração de energia solar”, afirmou.
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O retorno do programa “Clima na Prática” também está previsto no projeto de lei a ser encaminhado à Câmara Municipal, consistindo em uma ferramenta de apoio ao desenvolvimento de uma economia de baixo carbono oferecida pelo Governo de Minas, em parceria com Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).
Cidades Inteligentes e Sustentabilidade

A primeira palestra do Fórum foi da geógrafa e doutora em Planejamento Territorial, Grazi Carvalho, com o tema “Mudanças climáticas e sustentabilidade no contexto de cidades inteligentes” que trouxe a necessidade de pensar em planos municipais de curto, médio e longo prazo que atendam aos conceitos do tripé sustentabilidade: social, economia e meio ambiente.
A geógrafa também discorreu sobre o conceito de “cidade inteligente”, caracterizado pela capacidade do município em equilibrar a natureza, o ambiente construído e o ambiente digital, respeitando os princípios da dignidade humana. De acordo com Grazi Carvalho, no Brasil não é possível falar ainda sobre nenhuma cidade inteligente, mas é possível pensar em um futuro a partir dos cinco agentes de inovação (setor público, setor privado, instituições de ensino, sociedade civil organizada e cidadão). “Quando a gente olha, no ranking de cidades inteligentes, nos rankings internacionais, você vê lá: Londres, Paris, Dubai, Estocolmo… E aí você vai olhar para a história dessas cidades, em algum momento na história, esses cinco agentes se sentaram na mesa e responderam três perguntas: Qual é a cidade que temos? Qual é a cidade que queremos? Como que a gente vai sair daqui e ir para lá?”.
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Cidades Sustentáveis

Seguindo a linha de pensar sustentabilidade e mudanças climáticas nos municípios, o Secretário Executivo da América do Sul do ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, Rodrigo Perpétuo, trouxe “Mudanças Climáticas e Cidades Sustentáveis: oportunidades e desafios” como tema da sua palestra.
O Secretário focou na região de Minas Gerais e os problemas enfrentados como seca, alagamentos, emergências na saúde devido à Dengue e ondas de calor extremo, salientando os impactos das mudanças climáticas potencializadas pela mineração, extrativismo e poluição, além dos problemas causados à vida, é possível elencar consequências na gestão pública. “Você tem impactos financeiros, porque se o município tem que reconstruir a sua infraestrutura a todo momento, ele está deixando de fazer investimentos que poderiam ser feitos na qualificação dessa infraestrutura, no aperfeiçoamento dessa infraestrutura ou até mesmo em transformar políticas sociais”, enfatizou.
