- Brasil
BRICS lança parceria para erradicar doenças do sul global
Dengue, tuberculose, malária e hanseníase estão entre os focos da ação
- Maria Teresa Carvalho
- Supervisão: Lui Pereira
Na última segunda-feira (7), os países integrantes do BRICS lançaram oficialmente a parceria para a eliminação de Doenças Socialmente Determinadas (DSDs). A parceria visa fortalecer a cooperação, levantar recursos e avançar esforços coletivos para a erradicação das doenças, que têm maior número de casos no hemisfério sul, uma vez que a pobreza, desigualdade social e barreiras de acesso à saúde são fatores agravantes das DSDs.
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Entre as doenças que devem entrar no escopo, constam tuberculose, hanseníase, malária e dengue. Até o momento, fazem parte da parceria os 11 países do BRICS: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia. Malásia, Bolívia e Cuba, que são países parceiros do grupo, também abraçaram a ação.
A intenção da parceria é unir os países integrantes para concentrar esforços na eliminação das DSDs, que raramente afetam países desenvolvidos, e por tal razão, são pouco pesquisadas nesses países. A parceria incluirá as doenças que são reconhecidas como DSDs pelos países membros do Brics, de acordo com as realidades de cada um deles.
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Os países se comprometeram com a promoção de pesquisa e desenvolvimento de novas abordagens para saúde, vacinas, prevenção, detecção precoce, diagnóstico e tratamento. Além disso, devem incentivar investimentos internacionais ampliados, fortalecendo esforços diplomáticos para colocar a erradicação das DSDs como tópico na agenda global de saúde.
Nesta segunda, o BRICS divulgou documento específico que detalha os objetivos da parceria. “Os membros promoverão e ampliarão iniciativas existentes voltadas para o fortalecimento do manejo de casos, expansão do acesso a áreas remotas e de difícil alcance, melhoria das condições de saneamento e habitação, combate à desnutrição e à pobreza, e aproveitamento de tecnologias inovadoras, como inteligência artificial, diagnóstico de doenças, terapêuticas, desenvolvimento de medicamentos e vacinas, plataformas digitais interoperáveis, sistemas de notificação harmonizados, mecanismos de detecção precoce, vigilância, intercâmbio de dados em tempo real, regulação e ferramentas integradas de eliminação de doenças”, diz o texto.
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Medidas de controle brasileiras
Desde o final do ano passado, o Brasil tem concentrado esforços para a diminuição das DSDs. Com a ativação do Centro de Operações de Emergências para Dengue e outras Arboviroses (COE-Dengue), em 8 de janeiro, o Ministério da Saúde intensificou ações para conter o avanço das arboviroses. A parceria do COE com o Instituto Butantan para a produção da primeira vacina contra a dengue e, além de reuniões ampliadas do COE com representantes da sociedade civil, sindicatos, federações e entidades científicas são alguns dos objetivos do Ministério da Saúde.
Os resultados já são perceptíveis. Nos dois primeiros meses de 2025, Minas Gerais registrou uma redução de 90,9% nos casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2024. Minas segue a tendência nacional, que apresentou uma redução de 69,25% nos casos de dengue em todo o país. O levantamento corresponde ao intervalo de 29 de dezembro de 2024 a 1º de março de 2025.
Com informações da Agência Brasil e GOV BR.