- Mariana
Moradores reivindicam melhorias em ruas do Centro Histórico
Rua das Mercês e Rua Dom Viçoso foram pautas da reunião com o Demutran
Nessa quarta-feira (03), o Hotel Providência recebeu representantes do Demutran e moradores do Centro Histórico para uma reunião sobre mobilidade na Rua das Mercês e na Rua Dom Silvério, atendendo a um requerimento do vereador Juliano Duarte e a um ofício do Secretário de Governo, Marcelo Macedo. Os moradores solicitaram intervenção com relação aos impactos do fluxo de veículos pesados na Rua das Mercês e que a Rua Dom Silvério passe a ter duplo sentido de circulação. O Demutran apresentou um estudo técnico que mostrou as possibilidades de alterações nas vias.
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Rua Dom Silvério
Os representantes do Departamento de Trânsito (Demutran) apresentaram um estudo técnico sobre a possibilidade de mudança no sentido de circulação da Rua Dom Silvério, que, atualmente, é mão única em direção ao São Pedro. O Demutran explicou que a via, em 2015, era de duplo sentido de circulação e apresentava uma série de problemas com relação a congestionamento. Por manifestação dos moradores, o Departamento interviu e mudou a pista para sentido único.
Agora, com nova solicitação dos moradores para que retorne o sentido duplo, o Demutran afirmou que a rua possui limitações físicas, por ter largura insuficiente, e que, para isso, seria necessário eliminar as 61 vagas de estacionamento que existem no local, além de afetar estabelecimentos, turistas e moradores. Em razão da migração dos estacionamentos, a mudança geraria fluxo intenso em outras ruas, acarretando em problemas de capacidade e deslocamento, aumento da sinalização semafórica e possível regressão na Avenida do Catete.
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A conclusão foi que retornar para essas condições seria um retrocesso a algo que foi superado em 2015, por manifestação dos moradores, e que o setor de engenharia entende que não existe possibilidade de que a Rua Dom Silvério volte a operar em duplo sentido de circulação.
Rua das Mercês
As insatisfações dos moradores da Rua das Mercês persistem desde 2019 e têm relação com o fluxo intenso de veículos pesados no local. Júlio César Vasconcelos, morador da rua, afirmou que seu telhado foi danificado com o balanço das telhas após a passagem de um veículo. Ele expressou seu incômodo com a demora para a resolução do problema. “[É] uma crítica para que as questões sejam mais ágeis. A conclusão do relatório, para mim, foi insatisfatória. O problema vai continuar da mesma forma”, afirmou.
O Demutran, após apresentar o estudo da rua, afirmou que, apesar de existir um decreto que proíba a circulação de caminhões e ônibus, ainda existe desrespeito por parte dos motoristas e que a única forma eficiente de controle é a fiscalização eletrônica. Além disso, o departamento vai enviar uma solicitação à Secretaria de Meio Ambiente para que altere a rota do caminhão de lixo e evite que ele passe pelo local, que contribui negativamente para os impactos. Também foram enviadas demandas para a Secretaria de Obras.
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Em 2021, a Agência Primaz identificou desrespeito ao decreto de proibição de tráfego de veículos pesados por parte de um caminhão, que interrompeu o trânsito do Centro e ficou retido na esquina das Ruas Dom Viçoso e Mercês, confira a reportagem.
A discussão vai ter continuidade em outra reunião que vai ser marcada com mais moradores da rua e representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Secretaria de Obras, do Demutran, da Secretaria de Governo e da Arquidiocese, para falar sobre os impactos na Igreja das Mercês.