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Hoje é quarta-feira, 1 de maio de 2024

Um sonho de Natal

“Nada de sonhar pequeno! Gosto de pássaros que se apaixonam pelas estrelas e voam em sua direção até cair de cansaço”. (D. Helder Câmara)

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Hoje eu tive um sonho, um sonho de sonhador, maluco que sou, como dizia Raul Seixas, o inesquecível Maluco Beleza. E que bom poder sonhar, por mais absurdo que possa parecer esse sonho aos olhos dos outros! Como nos ensina o famoso escritor Augusto Cury: sem sonhos a vida é uma manhã sem orvalhos, uma xícara sem café, um céu sem estrelas, um oceano sem ondas, uma vida sem aventuras, uma existência sem sentidos.

Sonhei que um dia, em uma pequena cidade do interior de Minas Gerais, resolveram mudar tudo para resolver os problemas de injustiça e desigualdade social, fazendo profundas mudanças no macro sistema vigente.

A mudança começou pela base, pelo povo, mudando radicalmente sua forma de pensar, agir e viver! Como resultado dessa mudança, os habitantes se reuniram de uma forma respeitosa, madura e consciente e elegeram para representá-los políticos e gestores públicos portadores de um profundo nível de espiritualidade, ética social, competências técnicas e comportamentais e visão holística e estratégica de negócios.

Os Gestores eleitos, por sua vez, decidiram que, a partir daquela data, seria disponibilizado para todo e qualquer cidadão condições de emprego respeitável e assistência de forma justa, digna, equalitária e concreta com o pleno direito ao atendimento às suas necessidades vitais básicas com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social de elevadíssimo padrão de qualidade, conforme estava descrito no Capítulo II, Artigo 6º e 7º da Constituição Federal.

Para isso acontecer, houve uma reforma profunda e radical. A máquina pública foi sumariamente enxugada e profissionalizada. Todos os servidores públicos passaram a ser escolhidos e mantidos no cargo exclusivamente com base na competência e na paixão pelo trabalho que executavam. Os salários de todos os gestores foram drasticamente reduzidos e qualquer tipo de privilégios sumariamente eliminados. A corrupção, a sonegação, o desvio de verbas públicas, o suborno, o patrimonialismo, o fisiologismo ou qualquer outro tipo de maracutaia foram riscados do mapa. Todos os impostos e recursos financeiros e materiais arrecadados passaram a ser criteriosamente revistos e destinados única e exclusivamente à melhoria da qualidade de vida da população. As obras faraônicas e eleitoreiras nunca mais ocuparam os espaços.

Os políticos eleitos decidiram reduzir seus salários e benefícios estapafúrdios, trabalhar mais produtivamente e deixar a baixaria, o proselitismo, o revanchismo e a politicagem de lado, passando a agir de forma madura como legítimos portadores das aspirações do povo, fazendo da Casa Legislativa um laboratório de leis fomentadoras de verdadeiros avanços políticos, sociais e ambientais.

Os ocupantes do Judiciário, seguindo a mesma linha dos políticos, também resolveram reduzir seus salários, seus privilégios, seus recessos alongados e usar menos a toga como forma de discórdia e opressão, prezando sobretudo, estritamente dentro dos princípios da lei, a prática de uma filosofia de trabalho voltada para o diálogo sincero, cordato, transparente e construtivo com os cidadãos e com os demais poderes. A justiça deixou de ser utilizada de forma radical, beirando ao extremismo, tendendo a se transformar em injustiça. Passaram a entender que a justiça que não se pratica por amor não é justiça, é vingança.

As grandes corporações e seus grandes empresários também se reuniram e decidiram de forma consciente e socialmente responsável que não mais iriam colocar o capital maquiavelicamente e a todo custo em primeiro lugar. Desastres ambientais nunca mais! Decidiram que eles não mais iriam se travestir de verde – “Green-Washing” – para aparecer bonito nas mídias, mas realmente e de fato iriam colocar em prática os princípios dos 3P’s e 1S, trabalhando com foco em um retorno financeiro sustentável (Profit), um profundo respeito ao ser humano e ao social (People), ao meio ambiente (Planet) e com um sentimento de profunda espiritualidade (Spirituality). Salários dignos, políticas de reconhecimento e benefícios sólidas e bem estruturadas, infraestrutura de alto nível, ambiente de trabalho respeitoso e sempre aberto ao diálogo passaram a ser condições básicas e intrinsecamente necessárias para o funcionamento de qualquer organização.

E então, no desenrolar do meu sonho paradisíaco, chegou o Natal! Uma estrela fulgurante brilhou no céu, resplandecendo seus raios pela terra e o Espírito do Menino Deus se espalhou com força no coração de todos os cidadãos daquela cidade, eliminando de vez todos os desvios e pecados capitais!

E então, teve início uma nova, magnífica e santa era na história daquela localidade…

Acordei com o badalar sincrônico e suave dos sinos de uma igreja, com um sinal de glória, chamando os fiéis para rezar. Abri a janela e vislumbrei um céu azul, maravilhoso e imenso, com um sol irradiando seus brilhantes raios por sobre as casas. Uma criancinha que caminhava lentamente pela rua, talvez pensando no Papai Noel, olhou fundo nos meus olhos e, parecendo adivinhar todo o meu sonho, sorriu graciosamente para mim!

… E a vida renasceu por mais um dia!

“Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Sonho que se sonha junto, não é sonho, é realidade” … (Raul Seixas)

Quem tem ouvidos, que ouça!

Cesarius Gestão de Pessoas, investimento permanente no desenvolvimento do ser humano!

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Júlio César Vasconcelos, Mestre em Ciências da Educação, Professor Universitário, Coach, Escritor e Sócio-Proprietário da Cesarius Gestão de Pessoas
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