- Mariana
Jornalista marianense conquista prêmios com documentários sobre o Cruzeiro e sua torcida
Hoje morador de Belo Horizonte, Gustavo Nolasco tem Cruzeiro e Mariana como traços de sua personalidade
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Gustavo Nolasco teve uma infância feliz em Mariana, alternando andanças pelas ruas da Primaz de Minas, brincadeiras na Praça Gomes Freire e no gramado da Igreja São Francisco, e muita bola jogada no campo do Guarany. O gaveteiro cresceu, graduou-se em jornalismo e aliou duas paixões: a produção audiovisual e o Cruzeiro.
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Cruzeiro e todo seu universo. À Agência Primaz, Gustavo Nolasco explicou que a intenção principal do projeto é documentar a torcida celeste, fugindo do tratamento convencional que se limita ao campo e bola. “Eu tive o desejo de criar um coletivo que juntasse profissionais do audiovisual, do cinema e das comunicações cruzeirenses que pudesse criar e produzir filmes não sobre o time do Cruzeiro, mas sobre a torcida do Cruzeiro. Para mim, a torcida do Cruzeiro é o maior patrimônio do clube e esses personagens merecem ter suas histórias contadas. Então, formamos o Coletivo 1921”, afirmou Gustavo.
“Nosso primeiro filme contava a história de um título que quem deu ao Cruzeiro não foram seus jogadores, mas sim a sua torcida. Trata-se do recorde de público do Mineirão, que aconteceu em 1997, no jogo entre o Cruzeiro e o Villa Nova, quando 132 mil torcedores estiveram presentes. Naquele ano de estreia do Coletivo 1921, completaram-se 30 anos do recorde. E nós fizemos o filme ‘Eterno – um capítulo incontestável’. Foi o nosso filme de estreia”, acrescentou.
O amor de Gustavo Nolasco pelo Cruzeiro começou quando o garoto ainda perambulava pelas ruas de Mariana, sem maiores preocupações na cabeça. O legado foi deixado por seu pai, José Paulo Barcelos, que, em 1987, levou o pequeno cruzeirense ao Mineirão pela primeira vez, para um clássico diante do Atlético. Daí em diante, o sentimento não parou mais, e o jovem começou a frequentar o Gigante da Pampulha, em uma paixão que aumenta a cada dia e que já superou o futebol como um todo. “Eu costumo dizer, e é verdade, hoje eu não gosto de futebol. Eu gosto do Cruzeiro. Já fui bem fanático por futebol Ao ponto de assistir até os jogos da segunda divisão do campeonato paulista, que passava na TV Bandeirantes, nos domingos pela manhã. Assistia e lia tudo de futebol. Mas hoje, já velho, não gosto mais de futebol. Eu gosto do Cruzeiro! Nem jogo de Copa do Mundo me atrai mais. Mas se é o Cruzeiro, eu estou lá!”, revelou à Agência Primaz.

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História de conquistas
Até o momento, o Coletivo 1921 já produziu os filmes “Cruzeiro de Fé”, com o Bispo Dom Barroso, de Ouro Preto, e “Azul Escuro”, que conta a história de um cruzeirense deficiente visual que mora na Amazônia. Gustavo Nolasco também roteirizou e dirigiu “Em Busca da História do Cruzeiro”, realizado pelo Instituto Palestra Itália e pelo próprio clube, que foi premiado como Melhor Filme Longa Metragem do Festival Internacional de Cinema de Esportes de Lisboa, em Portugal, e também venceu o Cinefoot América Latina – Festival de Cinema do Futebol. O documentário segue na disputa de honrarias e concorrerá ao World FICTS Challenge, em Barcelona, na Espanha. O livro “De Palestra a Cruzeiro – Edição Centenário” também faz parte do incrível portfólio de trabalho do coletivo. Todas as produções audiovisuais realizadas estão disponíveis no Youtube.
As premiações, claro, são motivos de orgulho para Gustavo Nolasco e seus parceiros, mas o jornalista enxerga maior importância nas conquistas para o próprio Cruzeiro, dada a grande visibilidade que o clube, a torcida e a rica história recebem. Atualmente, a equipe está focada no projeto do filme “Salomé – A Maior Torcedora do Mundo”, mostrando a linda história entre o clube e sua maior torcedora símbolo, que faleceu em 2019, horas após o inédito rebaixamento estrelado.

Além de todo o trabalho realizado no Coletivo 1921, Gustavo Nolasco é colunista no jornal Estado de Minas, representando o Cruzeiro, prova de uma vida completamente entrelaçada à Raposa. Mas, quem também tem um lugar especial guardado em seu coração, é a cidade de Mariana. Nolasco se define como um “gaveteiro com orgulho”, carrega o nome do local para onde vai, e sonha em voltar a morar na Primaz de Minas.
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