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Hoje é segunda-feira, 20 de maio de 2024

Escola Municipal faz simulação de evacuação emergencial em caso de incêndio

A ação faz parte do plano de prevenção adotado pela Escola Monsenhor José Cota, mobilizando cerca de 700 pessoas entre alunos, professores e funcionários.

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Sobre fundo branco, a logomarca da Agência Primaz, em preto, e a logomarca do programa Google Local Wev, em azul, com linhas com inclinações diferentes, em cores diversasde cores diversas
Caminhão do Corpo de Bombeiros, em frente à Escola Municipal, em apoio à simulação de evacuação
A simulação teve tempo de 12 minutos e 40 segundos para a evacuação total da escola – Foto: Alexandre Anastácio/Agência Primaz

Na tarde desta segunda-feira (21), alunos, professores e funcionários da Escola Municipal Monsenhor José Cota, em Mariana, passaram por uma atividade de simulação em caso de emergência. Em conjunto com a Guarda Civil, os Bombeiros Militares, a Polícia Militar e a Defesa Civil, a escola foi totalmente evacuada em 12 minutos e 40 segundos, com todos chegando em segurança à Arena Badaró, situada a alguns metros da escola no bairro Cabanas.

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A simulação de um incêndio na área da escola teve o objetivo de preparar o ambiente escolar para uma emergência real, complementando a realização de oficinas e implantação de grupos de prevenção, no âmbito do “Projeto Escola Segura”, que vem sendo desenvolvido desde 2018.

O Projeto Escola Segura faz parte do plano de reparação da Fundação Renova com o munícipio de Mariana e outros atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão. Em parceria com a Defesa Civil da cidade, o projeto funciona atualmente em outras duas escolas de Mariana: a Escola Municipal Wilson Pimenta Ferreira e a Escola Estadual Dona Reparata Dias de Oliveira.

As atividades realizadas nas escolas estão dentro de um programa da Fundação Renova em relação às emergências ambientais e riscos à população, iniciado após o rompimento da barragem de Fundão em 2015.

A iniciativa visa capacitar a comunidade escolar, mobilizando o corpo docente, pais e alunos em diversas atividades teóricas e práticas, como oficinas, treinamentos, capacitações e seminários. Em cada escola, além das brigadas, foi implantado o Comitê Escola Segura (CES), formado por alunos, pais, professores e funcionários, que são capacitados para agir de maneira preventiva em desastres socioambientais ou no caso de emergências na escola. Também é prevista para essas escolas a adequação ao projeto de Sistema de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (SPCI), com realização de intervenções no âmbito de sinalização e segurança” afirma a Renova em nota de sua Assessoria de Comunicação.

Simulação de evacuação

A simulação de um incêndio na cozinha da escola teve a colaboração dos Bombeiros Militares, que conseguiram também, observar onde estão os equipamentos para combater o fogo na escola, como mangueiras e extintores de incêndio. “Pelo que planejamos, deu tudo certo, a gente viu que a escola está preparada para algum risco que pode acontecer”, aponta Luciano Pinheiro, Comandante do Posto Avançado do Corpo de Bombeiros Militar de Mariana.

As crianças têm que ter o treinamento para desenvolver a consciência para que quando acontecer algo de verdade elas estejam preparadas da forma que foi feito. Sem correria, sem pânico, porque sabemos que o que mais mata não é o fogo em si, mas o pânico causado”, explica Luciano Pinheiro.

Apesar da atividade de planejamento e prevenção para combater incêndios e proteger as crianças na escola, o Tenente Luciano Pinheiro afirma que as ocorrências mais comuns em ambiente escolar são quedas e fraturas, casos em que os bombeiros são acionados para atender à emergência.

Bombeiro Militar, durante simulação de evacuação, supervisiona a saída de alunos e funcionários
O Tenente Luciano Pinheiro orientou os alunos, professores e funcionários durante a simulação – Foto: Alexandre Anastácio/Agência Primaz

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A Defesa Civil de Mariana, que trabalha como parceira no projeto, está ligada diretamente ao processo de segurança da população do município e tem as escolas como preocupação ao longo dos anos. A orientação feita pela Defesa Civil para os alunos da escola Monsenhor José Cota criou grupos de estudantes direcionados para cada ação. “Cada um tem uma responsabilidade dentro da escola na gestão do risco de desastre. O objetivo de cada brigada é atuar com seus colegas em determinados setores como a prevenção, os primeiros socorros, a resposta e atendimento psicossocial”, esclarece André Machado, Agente de Proteção e Defesa Civil do município.

Estamos agora com um projeto de lei no município, para que no futuro esse programa tenha continuidade em todas as escolas de Mariana. É um projeto da Defesa Civil, em conjunto com a Secretaria de Educação, porque nós sabemos a importância de implementar essa lei, para que as escolas, as crianças, os professores e funcionários estejam preparados para situações emergenciais”, ressalta André Machado.

Kátia Rodrigues, diretora da escola, também esteve envolvida na simulação e ressaltou o resultado obtido. “Foi uma simulação com quase 700 pessoas e todo mundo estava ciente do seu papel. Foi muito positivo o tempo em que conseguimos evacuar toda a escola”, comemorou.

Em perfeita ordem e supervisionados por professores e funcionários, alunos da escola deslocam-se para a Arena Badaró, durante simulação de evacuação da Escola Municipal Monsenhor José Cota
De acordo com o plano, alunos e funcionários deslocaram-se para a Arena Badaró, no bairro Cabanas – Foto: Alexandre Anastácio/Agência Primaz

Pelo número de alunos que nossa escola tem, esse é um projeto que tem tudo para dar certo em todas as outras escolas. Nossa escola é muito grande, com muitos estudantes, então acredito que as outras escolas têm muita condição de ter o projeto aplicado também”, completou Kátia Rodrigues.

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