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Hoje é terça-feira, 14 de maio de 2024

Seleção feminina de basquete: do ouro ao nada

Por que sabemos só os nomes das grandes atletas do basquete feminino do passado?

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Foto: Divulgação

Caros jovens, e nisso eu me incluo também, as lembranças da fase de ouro da seleção brasileira feminina de basquete, é algo que nós não conhecemos.

Uma geração formada por Paula, Hortência, Janeth e companhia que tem muita medalha na bagagem e é inspiração para muitas meninas.

A história dourada começa em 1991, nos Jogos Pan-Americanos de Havana, na época, até Fidel Castro se rendeu aos dribles daquela seleção, que ditou o ritmo e conquistou o ouro em uma final emocionante contra as donas da casa.

O jogo terminou 97 a 76 e, na hora de entregar as medalhas, o então presidente cubano, Fidel Castro, se emocionou com o elenco que contava com Paula e Hortência, Janeth, Marta Sobral, Ruth, Nádia Bento, Vânia Hernandes, Simone Pontello, Ana Motta, Joyce, Roseli Gustavo e Adriana Santos.

Entretanto, quatro anos antes, a equipe havia conquistado um bom resultado no Pan de Indianápolis (EUA, 1987), uma medalha de prata. O que importa, é que, a partir de 91, a seleção brasileira foi campeã mundial, em 1994, prata, nos Jogos de Atlanta-1996 e bronze na Olimpíada de Sidnei, em 2000.

E é por isso que hoje, mesmo que nunca tenha visto elas jogarem, quando se fala sobre o basquete feminino no Brasil, ainda lembram das atletas que brilharam durante os anos 90.

E por que não conhecemos ou falamos das atletas atuais da seleção?

 

Nos últimos anos, a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) quase faliu, a Liga de Basquete Feminino ficou por um triz, as categorias de base quase acabaram e meio que nem existia seleção.

Nesse momento, todas as jogadoras da fase de ouro choram. A seleção teve uma queda gigante de desempenho e, com isso, ficou fora de uma Olimpíada pela primeira vez desde 1992.

Com a péssima campanha feita no Pré-Olímpico na França, a seleção feminina de basquete terminou sem vencer nenhuma de suas adversárias – Porto Rico, Austrália e França.

Bom, desde 2019 vem sendo feito um trabalho de reconstrução e, não conquistar a vaga para Tokyo 2020, foi um verdadeiro soco no estomago. Agora, a comissão técnica precisa de forças para fazer muita cesta até o próximo ciclo olímpico.

(*) Luiza Boareto é jornalista formada pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), comentarista profissional de programas de TV e apaixonada por esportes. Espero que “o teu desejo seja sempre o meu desejo”. Mas se não for, é culpa do meu sol em Leão

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